segunda-feira, 13 de julho de 2009

 

Na briga pela vitrine dominical Eliana diz que não quer pautar seu programa no SBT pela audiência


Após 11 anos na Record, Eliana voltou ao SBT, onde foi lançada aos 15 como apresentadora infantil. Em agosto, ela estreia no comando de um programa nas tardes de domingo, com a bênção de Silvio Santos. Nesta entrevista, Eliana Michaelichen Bezerra, 35, conta por que mudou de emissora e garante que está preparada para a guerra de audiência. De quebra, revela sua faceta de empresária bem-sucedida, que cuida da própria carreira e expande seus negócios.

O que a levou a aceitar o convite para voltar ao SBT?
Se estava bem na Record, por que saiu?
Após seis meses de negociação com a Record, recebi uma proposta do Silvio Santos que me prestigiava com a garantia do horário nas tardes de domingo, além de excelentes condições de trabalho e de conteúdo do programa. Fiz o melhor para a minha carreira e estou muito entusiasmada.

Não tem receio das constantes mudanças na grade do SBT (Silvio costuma mudar a programação de uma hora para outra)? Ou isso está definido em contrato?
Desculpe, mas não falo sobre condições contratuais. Apenas afirmo que as condições de trabalho e garantias são superiores às que eu tinha e que vou manter o conteúdo de cultura e informação aliado ao entretenimento, claro.

Você está levando parte de sua equipe para o SBT ou só a diretora Leonor Corrêa?

Terei uma equipe formada tanto por gente nova como por vários profissionais que vieram comigo da Record, como o biólogo Sérgio Rangel e os professores de física do quadro Ciência em show, a diretora Leonor Corrêa (que dirigia O melhor do Brasil) e o diretor de externas Márcio Esquilo, que já tinha trabalhado comigo no Tudo é possível e que, mais recentemente, era o responsável pelas externas de O aprendiz e Troca de família.

Como vai ser o programa? Vai participar da criação dos quadros, opinar sobre as pautas?
Será uma revista eletrônica com o meu DNA profissional: informação, ecologia, ciência, viagens nacionais e internacionais. Minha preocupação é oferecer conteúdo de qualidade e não pautar o programa pela audiência. E como sempre faço em todas as atrações que apresentei, participo de todas as etapas do programa: concepção, criação de quadros, discussão de pautas, escolha de cenário, convidados – tudo.

Qual o balanço dos seus 11 anos na Record?
Foram anos de crescimento e consolidação profissional. A Rede Record me proporcionou a grande oportunidade de dar um salto na minha carreira, passando do público infantil para o adulto. Foi uma parceria de sucesso, de ótimos resultados, e da qual guardarei sempre excelentes lembranças.

Ana Hickmann vai comandar o ‘Tudo é possível’. O que sente ao saber que outra pessoa vai assumir um projeto que começou com você?
Ela é uma excelente profissional e, mais do que tudo, tem um grande caráter. Desejo sucesso a ela. Mudanças fazem parte da dinâmica da TV e da vida!

No SBT, vai viajar para gravar no exterior como fazia na Record? Alguma coisa em vista?
As viagens pelo Brasil e pelo mundo são uma marca do meu trabalho ao longo de toda a minha trajetória. Fiz reportagens maravilhosas no Pantanal, no litoral da Bahia, no Egito, no Peru, na África do Sul, na Argentina, na Alemanha. Acho importante trazer para o público um pouco de informação e da cultura de lugares que nem todos têm a possibilidade de conhecer
.

Está preparada para uma nova guerra de audiência?
Dos meus 20 anos de carreira, os últimos quatro anos tenho me dedicado ao público família, à frente de um programa nas tardes de domingo. Eu me reinventei e, historicamente, sou a primeira mulher a entrar na briga pela audiência nessa vitrine dominical, com êxito. Desde 2006, sou vice-líder de audiência e, em muitos momentos, líder, concorrendo diretamente com Fausto Silva e Silvio Santos. Tenho orgulho desse feito, mas a guerra de audiência sempre existirá, independentemente da emissora.

Você também é empresária. Como lida com os interesses distintos dessa atividade e os de sua porção apresentadora?
Quando preciso lidar com esses assuntos, a apresentadora sai de cena. Tenho minha empresa, a EMB. Dou expediente no meu escritório. Tenho uma equipe competente em que cada um cuida de uma área específica: licenciamento, relações públicas, financeiro… Acompanho e aprovo tudo. Gosto disso. Não sei fazer de outra forma. Quando fiz o filme O segredo dos golfinhos, minha empresa produziu o longa, uma produção ousada que levou mais de 100 profissionais a gravar no México.

Quais são seus novos projetos?
Acabei de abrir uma editora de livros de arte, a Master Books. O primeiro lançamento será sobre o grafite, a street art.

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