segunda-feira, 13 de julho de 2009
Na briga pela vitrine dominical Eliana diz que não quer pautar seu programa no SBT pela audiência
O que a levou a aceitar o convite para voltar ao SBT?
Se estava bem na Record, por que saiu?
Após seis meses de negociação com a Record, recebi uma proposta do Silvio Santos que me prestigiava com a garantia do horário nas tardes de domingo, além de excelentes condições de trabalho e de conteúdo do programa. Fiz o melhor para a minha carreira e estou muito entusiasmada.
Não tem receio das constantes mudanças na grade do SBT (Silvio costuma mudar a programação de uma hora para outra)? Ou isso está definido em contrato?
Desculpe, mas não falo sobre condições contratuais. Apenas afirmo que as condições de trabalho e garantias são superiores às que eu tinha e que vou manter o conteúdo de cultura e informação aliado ao entretenimento, claro.
Você está levando parte de sua equipe para o SBT ou só a diretora Leonor Corrêa?
Terei uma equipe formada tanto por gente nova como por vários profissionais que vieram comigo da Record, como o biólogo Sérgio Rangel e os professores de física do quadro Ciência em show, a diretora Leonor Corrêa (que dirigia O melhor do Brasil) e o diretor de externas Márcio Esquilo, que já tinha trabalhado comigo no Tudo é possível e que, mais recentemente, era o responsável pelas externas de O aprendiz e Troca de família.
Como vai ser o programa? Vai participar da criação dos quadros, opinar sobre as pautas?
Será uma revista eletrônica com o meu DNA profissional: informação, ecologia, ciência, viagens nacionais e internacionais. Minha preocupação é oferecer conteúdo de qualidade e não pautar o programa pela audiência. E como sempre faço em todas as atrações que apresentei, participo de todas as etapas do programa: concepção, criação de quadros, discussão de pautas, escolha de cenário, convidados – tudo.
Qual o balanço dos seus 11 anos na Record?
Foram anos de crescimento e consolidação profissional. A Rede Record me proporcionou a grande oportunidade de dar um salto na minha carreira, passando do público infantil para o adulto. Foi uma parceria de sucesso, de ótimos resultados, e da qual guardarei sempre excelentes lembranças.
Ana Hickmann vai comandar o ‘Tudo é possível’. O que sente ao saber que outra pessoa vai assumir um projeto que começou com você?
Ela é uma excelente profissional e, mais do que tudo, tem um grande caráter. Desejo sucesso a ela. Mudanças fazem parte da dinâmica da TV e da vida!
No SBT, vai viajar para gravar no exterior como fazia na Record? Alguma coisa em vista?
As viagens pelo Brasil e pelo mundo são uma marca do meu trabalho ao longo de toda a minha trajetória. Fiz reportagens maravilhosas no Pantanal, no litoral da Bahia, no Egito, no Peru, na África do Sul, na Argentina, na Alemanha. Acho importante trazer para o público um pouco de informação e da cultura de lugares que nem todos têm a possibilidade de conhecer.
Está preparada para uma nova guerra de audiência?
Dos meus 20 anos de carreira, os últimos quatro anos tenho me dedicado ao público família, à frente de um programa nas tardes de domingo. Eu me reinventei e, historicamente, sou a primeira mulher a entrar na briga pela audiência nessa vitrine dominical, com êxito. Desde 2006, sou vice-líder de audiência e, em muitos momentos, líder, concorrendo diretamente com Fausto Silva e Silvio Santos. Tenho orgulho desse feito, mas a guerra de audiência sempre existirá, independentemente da emissora.
Você também é empresária. Como lida com os interesses distintos dessa atividade e os de sua porção apresentadora?
Quando preciso lidar com esses assuntos, a apresentadora sai de cena. Tenho minha empresa, a EMB. Dou expediente no meu escritório. Tenho uma equipe competente em que cada um cuida de uma área específica: licenciamento, relações públicas, financeiro… Acompanho e aprovo tudo. Gosto disso. Não sei fazer de outra forma. Quando fiz o filme O segredo dos golfinhos, minha empresa produziu o longa, uma produção ousada que levou mais de 100 profissionais a gravar no México.
Quais são seus novos projetos?
Acabei de abrir uma editora de livros de arte, a Master Books. O primeiro lançamento será sobre o grafite, a street art.
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